Com dívidas equacionadas ao redor de R$ 700 milhões (das quais R$ 120 milhões da classe trabalhista), a indústria volta a operar com força e rentabilidade!
A ROTAVI Industrial, uma das maiores empresas mundiais dedicadas à produção de ferro-ligas, volta ao mercado após mais de 5 anos inativa por inúmeros problemas judiciais, operacionais, ambientais e financeiros. Com R$ 140 milhões em dívidas homologadas da RJ e mais R$ 460 milhões em dívidas extraconcursais, a ROTAVI passou por intervenção judicial trabalhista, afastamento dos administradores, centenas de processos julgados à revelia, embargo ambiental e até decreto de falência.
Tudo isso revertido de maneira ímpar pelo time de especialistas da Excellance® que conduziu o longo e complexo processo de Turnaround nos últimos três anos. Sob o comando de Max Mustrangi (sócio fundador), os parceiros jurídicos e sócios/associados operacionais, mercadológicos e financeiros possibilitaram o retorno da siderúrgica com posicionamento estratégico e operacional diferenciado em momento de retração de mercado.
A atuação de cada especialista foi fundamental no soerguimento da empresa.
“Entramos na ROTAVI com especialistas da melhor qualidade para executar um trabalho cirúrgico. Foi preciso gerar uma mudança estratégica, mercadológica, de marca, de percepção de credibilidade, de gestão financeira, jurídica e operacional junto aos mais diversos stakeholders para que conseguíssemos retomar o controle da eficiência operacional e financeira do negócio e colocar-nos de volta ao jogo” – resume Mustrangi.
A Recuperação Judicial (RJ) homologada foi da casa de R$ 140 milhões de reais, sendo R$ 120 milhões apenas em dívidas trabalhistas (uma das maiores do Brasil).
“Geralmente, as dívidas de Classe 2, 3 e 4 são as maiores e envolvem diferentes tipos de credores e diferentes tipos de garantias, mas no caso da ROTAVI foi o oposto. Até o momento e sem haircut da dívida, já pagamos mais de 70 milhões de reais da Classe 1 com o restante do saldo da classe sendo homologado para pagamento em dois anos, com um mínimo mensal de R$ 2 milhões de reais. Um trabalho ímpar, do nosso time jurídico” – pontua Mustrangi.
Para Humberto Martiniano, sócio da Excellance® e responsável pela frente de negociações jurídicas e relacionamento com os órgãos públicos, a complexidade do caso ROTAVI se deu em virtude do ambiente.
“Foi mais difícil reverter a imagem da empresa junto aos funcionários, parceiros e credores do que arrumar maneiras de amortizar a dívida. Chegamos na região em um momento em que o caos social já estava instaurado, as ações trabalhistas pediam indenizações milionárias e precisávamos conquistar a confiança dos antigos colaboradores, bancos, credores e costurar os acordos em cima de um ambiente ruim e desacreditado” – resume.
Além da dívida homologada na RJ, a empresa ainda possuía adicionais R$ 560 milhões extraconcursais (fora da proteção do processo da RJ) que também foram negociadas e equacionadas junto aos credores. Hoje a empresa está rigorosamente em dia com todas as obrigações trabalhistas e previdenciárias, bem como demais acordos firmados com o demais credores!
Além da amortização das dívidas, durante a atuação da Excellance®, a ROTAVI conquistou o ISO9001 e uma Licença de Operação Ambiental da fábrica junto aos órgãos responsáveis para funcionamento até 2030. Também foram os primeiros da região a instalar um sistema de desempoeiramento dos fornos, capaz de retirar do ambiente mais de 50t. de fuligem por mês.
“Com a atuação do nosso time, não colocamos apenas a empresa de volta ao mercado, mas recuperamos empregos, reaquecemos a economia da cidade, limpamos o ambiente e trouxemos de volta, uma das principais empregadoras de Várzea da Palma. A Rotavi emprega hoje, 230 funcionários direto e 700 indiretos com fornecimento de produtos para o mercado nacional e internacional” – afirma Alexandre Muller, sócio da Excellance® e CEO Interino da ROTAVI.
Tudo isso só foi possível pela maneira como a Excellance® conduz suas operações, assumindo integralmente o controle total da operação e das tomadas de decisões sem envolvimento emocional, “afastando” os acionistas da linha de frente, a fim de estabelecer uma gestão de alta performance nos seus pacientes (como chamam os seus clientes). Max reforça que o trabalho se torna muito mais eficiente quando não há vínculo emocional com ninguém, o que torna mais fácil o processo de tomada de decisões racionais como demissões e reavaliação de todas as etapas, processos e procedimentos que sejam relevantes e prioritários!
Com uma crise instalada, a gestão precisa rever rápida e cirurgicamente diversos pontos críticos, e iniciar prontamente os ajustes e as mudanças que se façam precisas, principalmente quando a incapacidade de pagamento de dívidas crescentes requer a contratação de especialistas que assumam o controle de forma pontual (por um período determinado) para que esses possam implementar as duras mudanças e intervenções que a situação requer.
Assim, com uma liderança puramente racional, foi possível equalizar toda a sua estrutura de capital e dívida, vis a vis a sua nova capacidade de geração de caixa operacional e retomar a caminhada rumo a reconquista da liderança do mercado.
“Foi uma reviravolta enorme, modificamos todas as operações para colocar a empresa no caminho do crescimento e alcançar patamares mais elevados no mercado. O trabalho não é apenas estratégico, ele é minucioso, envolve mudança cultural, de estilo de gestão, troca de pessoas, mudanças operacionais e mercadológicas, e de mindset financeiro. Enfim, mudamos quase tudo!” – conclui o especialista.
A Excellance® assumiu a gestão interina da ROTAVI em junho de 2019 e teve o seu contrato renovado por mais três anos, período em que continuará atuando na aceleração da empresa junto ao mercado nacional e internacional.
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